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sábado, 25 de junho de 2011

Diário da Crucificação

                                                 
Este diário poderia começar a muito tempo atrás, mas vou começar por aqui. Após Jesus concluir seus discursos, disse aos seus discípulos: “Daqui a dois dias é a Páscoa e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado...”.

                              
Enquanto isso os príncipes dos sacerdotes, escribas e fariseus criavam estratégias para prenderem Jesus com dolo e o matarem e isso não poderia ser durante a festa da páscoa para não causar tumultos.
E estando Jesus na casa de Simão, o leproso, aproximou uma mulher com um vaso de alabastro e derramou sobre a cabeça de Jesus, estando Ele assentado; o que aos olhos dos discípulos era um desperdício. Pois se tratava de um ungüento tão caro que poderia ser vendido e dado o dinheiro aos pobres.
Jesus conhecendo isso, disse-lhes: Vocês sempre estarão com os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre. Aquele ungüento estaria preparando o seu corpo para o sepultamento.
Judas Iscariotes foi ter com os príncipes dos sacerdotes, pedindo algo em troca para que entregasse a Jesus, foi lhe oferecido trinta moedas de prata, então aceitou e ficou aguardando uma oportunidade para entregá-lo.
Tendo os discípulos preparado a comida da páscoa, assentou os doze com Jesus à mesa, enquanto comiam, Jesus disse que um deles iria o trair, se entristeceram e perguntavam todos: sou eu?  Jesus disse: “aquele que mete a mão no prato comigo, esse há de me trair”.
Estava ali Jesus celebrando junto com os seus discípulos a última Páscoa e a primeira Santa Ceia.
Tendo cantado um hino saíram para o monte das Oliveiras, onde Jesus disse que os discípulos se escandalizariam, porque está escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas se dispersarão. (Zc 13.7). Pedro abusando de seu zelo disse que nunca se escandalizaria, porém em uma mesma noite o negou três vezes.
No Getsêmani, Jesus levando consigo apenas Pedro e os dois filhos de Zebedeu pediram para que ficassem ali vigiando com Ele. E indo um pouco adiante, se prostrou sobre seu rosto orando ao Pai, pedindo que se fosse possível que passaria dEle aquele cálice, mas todavia não fosse feita a Sua vontade mas a do Pai.
No dia seguinte foi surpreendido pelo beijo do traidor, acompanhado pelos soldados que levaram Jesus à prisão. E o prenderam, o levou a casa do sumo sacerdote Caifás, que disse a Jesus:
Não responde nada aos que te acusa? Porém Jesus manteve-se quieto.
Caifás perguntou: Você é o Cristo? Disse Jesus: “tu o disseste. Digo-vos, porém que vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu”. (Mt 26. 64)
Então o sumo sacerdote rasgando suas vestes, disse que Jesus estava blasfemando e que não precisaria de mais testemunhas para que fosse réu digno de morte. Jesus foi esbofeteado e dizendo para que Ele profetizasse quem estava lhe batendo. No mesmo momento em que Jesus sofria tais agressões, Pedro o negava do lado de fora, no pátio.
E Judas ouvindo que levaram Jesus a Pôncio Pilatos e que o condenaram arrependido,  devolveu as trintas moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, retirou-se e foi-se enforcar. Aquelas moedas não poderiam ser colocadas no cofre das ofertas, pois era preço de sangue, então compraram um campo de um oleiro para que sepultassem os estrangeiros, dando-lhe o nome de Campo de Sangue.
Pilatos pediu que o considerasse isento do sangue de Jesus, pois sabia que Ele era inocente, mas fazendo a vontade da multidão o entregou para ser açoitado e crucificado, soltando Barrabás que era um preso bem conhecido. Logo os soldados do governador conduziram Jesus ao pretório, reuniu toda a corte e despindo-o o cobriram com uma capa de escarlate, colocaram em sua cabeça uma coroa de espinhos e em sua mão direita uma cana, dobraram diante dEle os joelhos o zombando, cuspiram em sua face, tomaram a cana de sua mão e bateram em sua cabeça , fazendo penetrar profundamente os espinhos no couro cabeludo, causando-lhe um grande sangramento. Depois de terem o humilhado, lhe tiraram a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o obrigando a carregar sobre os ombros uma cruz pesada fizeram ir em direção ao Gólgota, para ser crucificado. O peso da cruz somado ao seu esgotamento físico o faz cair, esforçou-se para levantar, porém não consegue, obrigam a Simão de Cirene a levar a cruz.

                                         
No Gólgota crucificaram a Jesus, pregando suas mãos e seus pés. Cheio de ferimentos e coberto de sangue, é um espetáculo para o povo que assiste ao ato. As dores são atrozes em todo o corpo. Imagine-o pendurado no madeiro, seus braços cansados, cãibras por todo o corpo, seu peso fazendo com que os cravos rasgassem suas mãos e seus pés, com sede pediu água e lhe deram vinagre, horas de grande sofrimento....
Muitos o escarneciam, o zombavam, diziam para Ele se salvar, mas estava levando sobre si as nossas maldades, nossas culpas, o peso dos nossos pecados. Por isso não abriu a sua boca, não se defendeu, somente cumpriu seu papel de Salvador. Seu grito em aramaico “Eli, Eli, lemá, sabactâni, (Deus meu, Deus Meu, porque me desamparaste?)”, testemunha que Ele experimentou a separação de Deus Pai, ao tornar-se substituto do pecador. Morreu como pecador sem ter cometido nenhum delito, abandonado para nunca nos deixar só, redimindo assim a raça humana. Naquele madeiro depois de muito sofrimento, Jesus profere suas últimas palavras. ”Está consumado”. Provando ter cumprido na íntegra seu papel como Salvador da humanidade, sendo o único a cumprir a lei de Deus Pai. Com isso o véu do templo se rasgou de alto a baixo, deixando livre o acesso a Deus para todos que através de Jesus Cristo quiser se aproximar, se tornar íntimo dEle.
Nesse momento houve terremotos, mortos ressuscitaram, e o centurião juntamente com os que guardavam a Jesus disse: “Verdadeiramente, este é o filho de Deus”.
Seu túmulo foi selado com uma enorme pedra e vigiado constantemente pelos guardas. Mas ao terceiro dia Jesus ressuscita para cumprimento da palavra que diz: Tragada foi a morte na vitória. “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” 1º Co 15.54b-55. 
Depois de ressuscitado Jesus permaneceu na terra por quarenta dias, aparecendo para as seguintes pessoas: 1º à Maria Madalena; 2° às mulheres que voltavam do sepulcro; 3º à Pedro; 4º aos dois que iam a caminho de Emaús; 5º a todos os discípulos; 6º a sete discípulos junto ao mar da Galiléia; 7º a 500 crentes na Galiléia; 8º a Tiago; 9º aos discípulos que receberam a grande comissão; 10º aos apóstolos, no momento da sua ascensão. 

                                                 
Após a ascensão Jesus foi recebido no céu e assumiu seu lugar de autoridade à destra de Deus Pai. A atividade redentora de Jesus no céu envolve seu ministério de Mediador Divino; de Sumo Sacerdote; de Intercessor e de Batizador no Espírito Santo.
Agora o Espírito Santo entra em ação na terra, com o dia de Pentecostes. Ele assume seu papel, como aquele que anseia e pugna pela salvação de pessoas de todas as nações e àqueles que receberam o batismo no Espírito Santo ficaram cheios do mesmo anseio pela salvação da raça humana. O pentecostes marca o início das missões mundiais.

                                                 
Mediante este batismo no Espírito Santo, os seguidores de Jesus tornaram-se continuadores do seu ministério terreno.
Continuaram a fazer e a ensinar, no poder do Espírito Santo, as mesmas coisas que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar... Mais esta é outra história, aguardem...

                                                         Presbítero Rinaldo Lopes
                                                        Revisão Gláucia R. S. Lopes                                                








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